Após anos de adiamentos, o ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem) — um tipo de visto eletrônico que será necessário para turistas visitarem a Europa — está previsto para começar a ser cobrado a partir de maio de 2025. A informação foi revelada ao jornal britânico The Guardian por Ylva Johansson, comissária de assuntos internos da União Europeia.
Essa autorização será exigida apenas de viajantes provenientes de países que não precisam de visto, como o Brasil, que não passam pelas etapas tradicionais de burocracia e verificação para a emissão desse tipo de documento. Para obter a nova autorização antes de viajar, será necessário pagar uma taxa de 7 euros (cerca de R$ 43,30).
Aqueles que saem do Reino Unido, que atualmente está fora da UE, para outro país europeu, precisarão passar por esse tipo de verificação não apenas nos aeroportos, mas também no porto de Dover e antes de embarcar nos trens Eurostar na estação St. Pancras, em Londres. De acordo com a Comissão Europeia, a futura autorização de viagem não é um visto e visa facilitar a entrada de turistas de países isentos, permitindo uma passagem mais rápida pela imigração e reduzindo as filas nas fronteiras através dessa verificação pré-viagem.
O principal objetivo da implementação do EES e do ETIAS é combater a imigração ilegal e aumentar a segurança dentro dos países do bloco, já que visitantes com histórico de envolvimento em atividades terroristas ou práticas criminosas podem ser barrados antes mesmo de embarcar. Além disso, a análise biométrica dificultará a entrada de pessoas com passaportes falsificados.
A autorização via ETIAS terá validade de três anos ou até a data de expiração do passaporte do viajante, caso esta ocorra antes. Para obtê-la, o viajante deve preencher um breve formulário online utilizando apenas o passaporte. Turistas entre 18 e 70 anos devem, em seguida, pagar a taxa de forma eletrônica.
Vale destacar que o documento será exigido de menores de idade e idosos acima de 70 anos, mas, para esses grupos, a emissão será isenta de taxa. Os pais, por exemplo, poderão preencher o formulário em nome dos filhos, já que cada viajante precisará de sua própria autorização. Também de forma digital, a grande maioria (cerca de 95%) dos turistas.